sábado, 6 de abril de 2013

APOSTILA DO 2º ANO



O TEATRO é o lugar onde um grupo de pessoas assiste a outro grupo de pessoas que representam. Os que representam são chamados de atores e o local onde desempenham sua função é chamado de palco. O público ou espectadores são aqueles que assistem à representação.
Os atores que estão no palco interprestam papéis e personagens, ou seja, “re-presentam” ou tornam presentes os gestos e ações de outras pessoas, de animais, ou até de objetos. 
A palavra TEATRO nos remete a diversas significações, tais como: o espaço físico, construção que abriga espetáculo e plateia; o texto escrito para ser encenado; a representação de um texto teatral para determinado público como também o TEATRO realizado na escola.
A linguagem do teatro representa uma das linguagens da arte e, assim como as outras (Música, Dança, Artes Visuais...), possui seus signos, que, articulados, viabilizam a expressão e comunicação.


ELEMENTOS DA LINGUAGEM TEATRAL

Espaço cênico (o espaço físico onde acontece a encenação – palco, estrado, tablado, entre outros);
O figurino (conjunto de vestimentas e seus acessórios usados pelos personagens);
Adereços (objetos cênicos e adornos utilizados ou manipulados durante a ação dramática);
Cenário (conjunto dos objetos organizados no espaço cênico, representando o/os lugares onde acontecem as ações dramáticas);
Sonoplastia (técnica de compor ou fazer funcionar os ruídos e efeitos acústicos e musicais, que constituem o elemento sonoro dos espetáculos teatrais);
Maquiagem (aplicação de pintura no rosto ou em outras partes do corpo para disfarçar, mascarar ou realçar a caracterização do personagem);
 Iluminação (técnica de iluminar o ambiente cênico, criando efeitos de luz e cor para dar o “clima” da encenação);
Texto (texto verbal produzido para o teatro);
Voz (emissões vocais para caracterizar os personagens através do tom e/ou do timbre12 da fala);
Gesto (movimento do corpo, em especial, da cabeça e dos braços, para expressar ideias ou sentimentos ou para realçar a expressão);
Movimento (um determinado modo de mover-se ou se deslocar no espaço);


GÊNEROS TEATRAIS

Os gêneros do teatro são: tragédia, comédia, tragicomédia, farsa, drama.
Na Antiguidade, os gregos encenavam tragédias, cujos episódios sangrentos ou violentos suscitavam os sentimentos de terror e piedade, e a comédia, peça longa e divertida que criticava os defeitos das pessoas. Na Idade Média, representavam-se as farsas, gênero cômico, grotesco, ligado ao corpo, à realidade social e ao cotidiano.
A tragicomédia é a trama dramática, que mistura fatos da tragédia e da comédia. 
No drama, a situação é aterrorizante, emocionante, porém nem sempre termina com morte, como na tragédia.

AS MODALIDADES DO TEATRO 

referem-se aos meios utilizados para realizar a expressão dramática, como por exemplo: o Teatro Humano, Teatro de Bonecos, Teatro de Sombra, Teatro de Máscaras, Teatro de Animação, Marionetes, entre outros.

            O Teatro de Bonecos exerceu sua importância, sendo utilizado na doutrinação religiosa, para criticar autoridades, como entretenimento e para fins pedagógicos.
No Brasil, os bonecos começam a surgir no século XVI. Foi em Pernambuco que essa modalidade de teatro se afirmou com o Teatro de Mamulengo, bonecos manipulados pelos chamados mestres, que representam textos cômicos e ousados, fazendo a plateia dar gargalhadas. 
Teatro de Animação ou Teatro de Formas Animadas define-se como um conjunto de técnicas, onde objetos manipulados por atores/atrizes passam a representar personagens. 
O Teatro de Sombras, técnica milenar que surgiu na China por volta de 5000 a.C., consiste na projeção de figuras humanas, animais ou objetos sobre paredes, telas de linho ou papel fino, colocando, por trás da tela, um foco de luz. 
As Máscaras, usadas antigamente em rituais representando deuses, animais ou forças cósmicas, são utilizadas, no teatro, como forma de caracterização de um personagem em lugar da maquiagem e exigem, do ator/atriz e aluno/a, disponibilidade para o uso da voz, do gesto e da concentração para assumir um personagem.
A linguagem teatral tem como objeto de estudo a sua história, encenadores, obras, seus signos, técnicas e materiais. 

A HISTÓRIA DO TEATRO

Provavelmente, em algum momento já nos perguntamos quando o ser humano começou a representar, por que o fez e como teriam sido as primeiras representações. Segundo os estudiosos os seres humanos tinham necessidade de representar para expressar suas alegrias, tristezas e dúvidas comunicando-se com os outros e com os deuses, em rituais e celebrações. Nessas ocasiões (como ocorre ainda hoje em algumas tribos indígenas), era comum as pessoas representarem  os animais e seus movimentos, imitarem os fenômenos da natureza, como os sons do trovão, narrarem as dificuldades sofridas em uma viagem, lembrando seus antepassados para ensinar aos jovens. As palavras e os gestos das representações eram aprendidos e memorizados. E assim podiam preservá-los, uma vez que desconheciam a escrita. Mas a origem do teatro está na Grécia antiga. Organizavam-se festivais para celebrar a fertilidade da Terra na primavera, e os participantes vestiam peles de animais, dançavam e entoavam cânticos repetidos pelos demais. Foi lá que surgiu o teatro tal como o conhecemos hoje: representações com diferentes histórias escritas por autores, nas quais atores interpretam diferentes papéis diante de um público em um local construído especialmente para isso.
Um dos festivais mais famosos da Grécia antiga era realizado em homenagem ao deus Dionísio. Durante sete dias todos os habitantes da cidade se reuniam para julgar a qualidade dos textos encenados. Aplaudiam quando gostavam, ou protestavam a ponto de interromper a representação, caso não gostassem.


                       COMO SURGIRAM OS ATORES             



Foi na Grécia, por volta dos séculos VII ou VI a.C., durante a celebração dos festivais dedicados ao deus Dionísio que o teatro deixou de ser uma cerimônia religiosa e passou a representar peças teatrais. Dionísio era o deus da fertilidade, do vinho e da alegria e, em sua homenagem, organizavam-se cantos corais e danças sobre um tablado baixo, uma arena chamada theatron  , que em grego significa “local onde se vai ver”. O nome do hino cantado pelos participantes do coro era ditirambo e, supõe-se que esse cântico narrava à história do deus Dionísio, que veio ao mundo para ensinar aos seres humanos o cultivo da uva e de outros frutos. Foi mais tarde, por volta do século VI a.C. , que surgiram os protagonistas. Eram dois ou três participantes que se destacavam entre si, narrando e interpretando os episódios da história. Dessa forma, surgiu a figura do ator. O primeiro ator e também autor do qual se tem notícia é Téspis que, segundo as pesquisas, percorria as cidades em uma carroça e recebeu prêmios por sua interpretação. Três séculos depois do ator Téspis, a cidade de Atenas havia se tornado a capital do teatro da Grécia. Nesta cidade foram construídos teatros nos sopés dos montes, onde era representados diferentes tipos de peças. Os mais conhecidos autores de tragédias são Ésquilo, Sófocles e Eurípedes; os mais conhecidos por suas comédias são Aristófanes e Menandro, e Pátrinas foi um grande escritor de sátiras ou dramas.









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